O registro mais antigo conhecido da casa data de 1590, identificado como o Casal de Cerqueda. Ela servia como representação da divisão administrativa do território no início da era moderna. Essa divisão era caracterizada pela classificação das terras em "Casais", "Reguengos" e "Villas". O Casal de Cerqueda estava envolvido em atividades agrícolas, composto por várias unidades familiares que administravam as parcelas que formavam o casal. A propriedade passou por uma expansão significativa em 1750, e novos desenvolvimentos em 1820 incluíram a construção de uma capela e uma adega.

A casa teve um papel crucial durante as Guerras Peninsulares, particularmente na organização de milícias locais. Membros dessas milícias eram recrutados das unidades familiares que trabalhavam nas parcelas, recebendo treinamento militar do chefe do Casal de Cerqueda, conhecido como o "Senhorio". Este indivíduo detinha funções de ordenança delegadas pela autoridade real da época. Essas milícias tiveram uma importância notável na defesa das margens do rio Tâmega, na região de Amarante, durante a Segunda Invasão Francesa.

A casa possui uma porta de alçapão que dá acesso a um grande baú utilizado para armazenar cereais, protegendo assim esses suprimentos da requisição por tropas invasoras durante os períodos de guerra.

A partir da década de 1960, a importância da propriedade agrícola no desenvolvimento econômico da região diminuiu. Foi apenas no início do século XXI que surgiram iniciativas de reabilitação, incorporando atividades turísticas que agora perseguimos.